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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

PRIMEIRO PASSO

Bem, o primeiro passo para chegarmos à final da Copa do Brasil foi dado.

A vitória por 2 x 1 sobre o Goiás, no Serra Dourada não chegou a ser empolgante, mas era o resultado que precisávamos.

O gol do Paulinho foi uma pintura. 

Ele tabelou com André Santos e, dentro da área, em vez de tentar chutar de qualquer maneira, como sempre faz, teve calma suficiente para driblar o zagueiro e dar um toque de classe por baixo do goleiro.

Paulinho teve outra bela atuação
Nem parecia o Paulinho estabanado nas finalizações.

Não é nenhum craque, mas se ele tiver a cabeça no lugar e conseguir repetir suas últimas atuações, poderá vir a se transformar num ídolo da história flamenguista.

Atualmente tirou o lugar de Elias como "motorzinho" do time.

O gol do Goiás nasceu de uma bobeira do Elias, que andou meio desligado do jogo.

Ainda bem que Chicão, um excelente cobrador de faltas, fez o gol da vitória.

No segundo tempo, claramente, o Flamengo não queria mais jogar e quase deu chance para o Goiás empatar.

O técnico Jayme de Almeida tem que colocar na cabeça dos jogadores que é preciso seriedade durante os 90 minutos. Não se brinca com a sorte.

Agora, na quarta-feira que vem, no Maracanã, o Flamengo pode se dar ao luxo até de perder por 1 x 0 que estará classificado. 

Que perder que nada!

Tô achando que esse segundo jogo vai ser moleza.

Os goianos não vão aguentar a pressão da torcida rubro-negra.

Prá cima deles!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

CONTANDO HISTÓRIA...

De vez em quando, tenho contado alguns fatos curiosos, engraçados ou importantes da história do Flamengo.

Todos tirados do livro "100 anos de bola, raça e paixão", que escrevi com os companheiros Celso Júnior e Arturo Vaz.

Esta é sobre o nascimento da rivalidade com o Vasco.



Encarando o Vasco. Em 1922, o Flamengo manteve o time do ano anterior. O campeão do Centenário da Independência do Brasil foi o América, com apenas um ponto de vantagem sobre a os rubro-negros. Antes do começo do campeonato, porém, foi disputado mais uma vez o Torneio Início, que já se tornava tradição. Era uma forma de apresentar as equipes que iriam disputar o campeonato e atrair a atenção do público para o futebol.
E foi exatamente nesta competição, no dia 26 de março, que o Fla encarou o Vasco da Gama pela primeira vez. O Rubro-Negro ganhou por 1 x 0, gol de Segreto. Além de vencer o Vasco, o Flamengo derrotou o Fluminense e o América, ambos por 1 x 0, e o Andaraí por 2 x 0, conquistando mais uma vez este torneio.
            Em 1923, o fato mais marcante do Flamengo foi ver nascer a grande rivalidade com o Vasco da Gama. Um dos motivos foi que os clubes de futebol eram todos amadores e era terminantemente proibido pagar a seus atletas, o que caracterizaria o profissionalismo. Portanto, os jovens jogadores dos clubes cariocas tinham seus afazeres, principalmente com os estudos, já que a grande maioria pertencia à famílias de posses. Também passavam horas nos bares e restaurantes da cidade, sempre dormindo tarde. Devido a isso, não podiam treinar intensamente ou ter tempo suficiente para se dedicar somente ao esporte.
             Os comerciantes lusitanos perceberam que muitos daqueles que não eram de famílias tradicionais e que viviam com certa dificuldade, passavam muito tempo jogando futebol e possuíam, por isso, um porte atlético invejável e um excelente preparo físico. Pois bem, começaram a recrutar esses jovens e pagavam uma quantia em dinheiro para que treinassem. “Oficialmente” os jogadores vascaínos eram simples empregados dos armazéns dos portugueses. 
O Flamengo estreou no Campeonato Carioca daquele ano exatamente contra o Vasco da Gama, no dia 19 de abril. Junqueira, cobrando pênalti, abriu o placar para os flamenguistas, que dominaram o primeiro tempo. Porém, como era de se esperar, o time caiu de produção no segundo tempo e o Vasco, aproveitando-se do declínio físico do adversário, virou o jogo para 3 x 1 com gols de Cecy aos 20 e 30 minutos e Negrito aos 37 minutos.
            No dia 8 de julho, os cruzmaltinos, enfrentariam o Flamengo. Por incrível que pareça, todos os torcedores dos outros times vestiram a camisa do rubro-negra, para que o Vasco não viesse a conquistar o campeonato invicto.
            O Estádio das Laranjeiras recebeu nesse dia um público recorde e existiam versões de que a polícia teve muito trabalho para conter o ímpeto da galera e que bastava apenas um torcedor do Vasco se levantar e gritar que era prontamente presenteado com uma pá de remo na cabeça, que a torcida rubro-negra levara para o estádio. Aí a briga era inevitável. Acontece que o jornal O Paiz publicou uma entrevista com o delegado Aloysio Nava, que comandou a segurança no estádio, onde ele dizia que foi tudo uma tranquilidade: “O jogo foi fértil em ensinamentos de disciplina por parte dos litigantes, não houve um só deslise, consequência natural da assistência, que se portou igualmente à altura”.
O Flamengo formou com Iberê, Penaforte e Telefone; Mamede, Seabra e Dino; Sidney Pullen, Candiota, Nonô, Junqueira e Moderato. O time do Vasco foi escalado pelo técnico uruguaio Ramon Platero, com Nélson, Leitão e Mingote; Nicolino, Claudionor e Artur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito. O árbitro foi Carlito Rocha, que viria a ser presidente do Botafogo.
Empurrado pela torcida, o Flamengo jogou como se estivesse disputando uma final de campeonato, fazendo o primeiro gol com Candiota aos 30 minutos. Três minutos depois, Nonô aumentou o placar. Já no segundo tempo, Cecy descontou, aos 3 minutos. Mas os rubro-negros estavam impossíveis. Junqueira marcou o terceiro aos 12 minutos e Arlindo diminuiu para 3 x 2 aos 36 minutos. Os últimos minutos foram de grande tensão, mas os raçudos rubro-negros conseguiram impedir o gol de empate do Vasco, que acabaria sendo campeão, com seis pontos à frente do Flamengo, segundo colocado. Mas não foi invicto... Nonô sagrou-se o primeiro jogador flamenguista a ser artilheiro de um Campeonato Carioca, com 17 gols.

Carnaval rubro-negro. Os torcedores do Rio de Janeiro festejaram o grande feito do Fla, contra o que eles chamavam de “falta de ética desportiva” do Vasco. Mesmo impondo um profissionalismo "por debaixo dos panos" e até conquistando o campeonato, o time da colônia portuguesa viu o Flamengo ser mais exaltado que ele.
No livro A Nação, Marcel Pereira conta que a festa foi grande:
“Toda a cidade soube, sem rádio, sem nada, na mesma hora, que o Flamengo tinha vencido. E como era o Flamengo, esperou-se pelo carnaval rubro-negro. Estava tudo preparado. Organizou-se um cortejo de automóveis enorme, mais de cem carros com bandeiras do Flamengo cobrindo os capôs. As capotas arriadas, os jogadores sentados em cima, torcedores de pé nos para-lamas. O itinerário era: Praia do Flamengo, Glória, Largo da Lapa, Avenida Mem de Sá, Rua Evaristo da Veiga, Avenida Rio Branco, Praça da República, Rua Visconde de Itaúna e Praça Onze, passando pela cervejaria Vitória, onde os torcedores vascaínos gostavam de fazer suas comemorações. Durante toda a noite o Flamengo festejou o triunfo. E, de madrugada, penduraram um tamanco de dois metros e meio, roubado de uma tamancaria na Rua do Catete, na porta da sede do Vasco, na Santa Luzia. Como se não bastasse, foram para a Glória e enfeitaram a estátua de Pedro Álvares Cabral com colares, como de baianas, feitos de réstias de cebola”.

            Durante o campeonato, houve um fato que ficou marcado na história do clube. Na partida disputada em 19 de agosto, contra o São Cristóvão, o Flamengo vencia por 2 x 1, quando o goleiro Amado foi violentamente atingido por um chute no abdômen. Sem condições de continuar na partida, Amado deixou o gramado. Como não podiam ser realizadas substituições, Dino, que atuava no meio de campo, foi para o gol e, com atuação destacada, não deixou nenhuma bola entrar. Foi a primeira vez na história do clube que um jogador da linha foi para o gol.

domingo, 27 de outubro de 2013

DEU SONO

Ô joguinho chato este de hoje contra a Portuguesa!

Esse 0 x 0 deu sono na galera.

O Flamengo se arrastou em campo, parecendo meio desinteressado, como se fosse ganhar dos lusos a qualquer momento.

Um fiasco!

O Flamengo não tem o direito de fazer um jogo tão ruim, depois daquela bela apresentação diante do Botafogo.

Já mostramos que podemos jogar bem diversas vezes portanto, não se pode admitir tanto corpo mole.

A desculpa do cansaço até existe, pois os atletas do Flamengo estão com o preparo físico abaixo da média neste Brasileirão. É algo para se rever no ano que vem.

Mas para ganhar do timinho da Portuguesa bastava ter um pouquinho de vontade.

Vamos ver na quarta-feira, diante do Goiás, no serra Dourada. 

Hoje o time "descansou" e tem que partir com tudo pra cima deles.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O MELHOR RUIM

Estive pensando...

Vários jogadores com pouca intimidade com a bola já vestiram a camisa do Flamengo.

Muitos passaram em branco e ninguém se recorda deles. 

Pouquíssimos são lembrados e só o são graças à dedicação que demostravam em campo.

Alberto Leguelé, Piá, Peu, Buião, Tinteiro, Onça, Caldeira, Radar, Beijoca...

Atualmente tem o Hernane, que se especializou em um toque só, a finalização.

Hernane, o artilheiro do Brasil
Ele corre desengonçado, dribla mal, raramente dá bons passes e não consegue dar sequência à uma boa tabelinha.

Mas o cara é artilheiro. É, como ele mesmo diz, o Brocador.

Na sua simplicidade, na sua humildade, na sua falta de categoria (que tanto critiquei e critico), ele é o artilheiro da temporada do futebol brasileiro, com 31 gols, junto com Magno Alves, do Ceará.

Tem que tirar o chapéu para ele, que tem sido tão eficiente dentro da área adversária.

Mais eficiente que muito medalhão por aí.

Os três gols na goleada que o Mengão aplicou no Botafogo, são a prova final do que estou dizendo.

Se não estou sendo traído pela memória, arrisco a dizer que Hernane é o melhor jogador ruim que já vi com a camisa do Flamengo.

Que continue assim...

FESTA NA FAVELA!

Foi mesmo o jogo do ano!

Eu tinha certeza da vitória, mas não esperava que fosse por 4 x 0.

Golear e eliminar o Botafogo não é fácil, pois o time deles é bom.

Só que a tarefa foi facilitada, inicialmente, pela atuação de Paulinho. Ele entortou e deixou louca a defesa alvinegra.

O incansável Paulinho
enlouqueceu a defesa botafoguense
Dos pés dele saíram as jogadas mais perigosas no ataque, sem falar a ajuda que deu a André Santos na marcação pelo lado esquerdo da defesa rubro-negra. Incansável!

Imagina se ele soubesse chutar a gol?...

Jayme de Almeida armou a estratégia perfeita e os jogadores cumpriram à risca suas ordens.

Foram altamente dedicados e disciplinados taticamente. Fortes na marcação.

Com o show de Paulinho e com a defesa botafoguense tonta, o time todo do Flamengo dominou a partida.

Paulinho e Leonardo Moura foram verdadeiros monstros em campo.

Hernane, mais uma vez, decidiu. Em três toques fez três gols. 

Tem estrela, o Brocador!
Hernane, o mestre de cerimônia
da festa rubro-negra

Não precisou driblar. Não precisou fazer tabelinha. Artilheiro de verdade resolve num toque só.

Hernane mostrou que também é parceiro. Não foi fominha e deixou o aniversariante Leonardo Moura cobrar o pênalti e comemorar em grande estilo seus 35 anos. Oito deles como titular do Flamengo!

Só eles se destacaram? Nada disso.

Também foram muito bem o Felipe, o Chicão, o Wallace (atuação perfeita), o André Santos, o Amaral (um cão de guarda raçudo), o Luís Antonio e o Elias.

Mesmo com um a menos (já que, pra variar, Carlos Eduardo não jogou nada) o Flamengo deu uma chinelada histórica na cachorrada chorona.

A torcida, que ocupou três quartos do Maracanã, fez a festa.

Foi festa na favela!

Agora, nas semifinais da Copa do Brasil, que venha o Vasco, velho freguês de caderninho, ou o Goiás!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A CACHORRADA TÁ COM MEDO

Amanhã é dia de nos classificarmos para as semifinais da Copa do Brasil.

Diante do Botafogo, no Maracanã, será o nosso jogo do ano.


No movimento de venda de ingressos, podemos constatar que a cachorrada tá com medo, já que os rubro-negros serão maioria esmagadora no estádio.

Em condições normais de temperatura e pressão, o Flamengo tem tudo para se classificar. 

É só não perdermos para nós mesmos, errando passes em demasia e chutando a gol de qualquer maneira. É preciso ter um mínimo de capricho numa hora dessas.

Só nos resta torcer para entrarmos em campo com um time completo.

Que o Jayme de Almeida não escale, por exemplo, o Carlos Eduardo como titular. Se possível, que este inútil não fique nem no banco.

Com esse cara em campo, o time fica com menos um.

domingo, 20 de outubro de 2013

SAÍMOS NO LUCRO

A derrota de 1 x 0 para o Atlético Mineiro é um resultado normal.

E o gols dos caras foi sensacional...

Dada as circunstâncias, com titulares suspensos ou poupados, com um time recheado de reservas e desentrosado, podemos dizer que saímos no lucro.

Mesmo assim, poderíamos ter conseguido pelo menos um empate, não fossem duas ou três defesas milagrosas do goleiro Victor, do Galo.

Sem falar das outras poucas e péssimas finalizações de Val e Bruninho.

Sejamos justos com o Val, no segundo tempo ele até que jogou bem, para o que pode e o que sabe.

Como Hernane atrapalhou...
Hernane atrapalhou demais. Vendo que o time errava muitos passes e a bola mal chegava no ataque, recuou e passou a jogar de meia. Aí é que a coisa complicou ainda mais. O lugar dele é enfiado na área adversária.

Frauches, improvisado na lateral-esquerda, foi um desastre.

Digão, na direita, uma piada.

Rafinha entrou e não fez nada.

Carlos Eduardo, como sempre, foi nulo e só conseguiu fazer um bom passe para Hernane, que quase marcou.

A boa notícia é que o Carlos Eduardo levou o terceiro cartão amarelo e está suspenso. Estamos livres dele no domingo, diante da Portuguesa.

Agora a preocupação passa a ser a partida contra o Botafogo, nas quartas de final da Copa do Brasil, quarta-feira. É um jogo que pode salvar o ano.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

SUPERAÇÃO

Numa partida em que toda a equipe teve que se superar fisicamente, o Flamengo conseguiu vencer o Bahia por 2 x 1, no Maracanã.

Era para o time ter feito pelo menos um gol no primeiro tempo, quando, quase sempre, tem dominado os adversários, nos últimos jogos.

Chega nos primeiros dez ou quinze minutos do segundo tempo, o time tem experimentado uma queda de rendimento considerável.

Vencíamos por 1 x 0, com um gol de Paulinho, quando o Flamengo começou a perder o meio-campo para o Bahia.

Leonardo Moura mais que cansado, não teve fôlego para voltar e os baianos igualaram o placar exatamente numa jogada iniciada pela direita da defesa flamenguista.

Paulinho comemora o gol que marcou
Paulinho correu muito e jogou demais. Foi o melhor em campo e premiado com o gol de cabeça que fez.

Wallace, a quem muito critiquei, tem sido a segurança da defesa.

Luiz Antonio fez de tudo na defesa e no ataque.

Uma coisa ficou clara para mim, depois que a torcida do Flamengo começou a xingar o técnico Jayme de Almeida de burro, porque substituiu Elias e colocou o limitado Val.

Quem estava no estádio não percebeu que Elias estava extenuado e pediu para sair. Como o Jayme precisava segurar o resultado, colocou um volante a mais para marcar.

A sensação que tive foi que o time conseguiu um fôlego extra, sabe-se lá de onde, e arrancou a vitória na marra.

E foi o velho Leonardo Moura, rubro-negro de corpo e alma, num último suspiro, que conseguiu alcançar um lançamento longo, já na linha de fundo, e cruzar a bola para o gol da vitória de Hernane.

Jayme recebeu o apoio dos jogadores
Tudo na raça! Tudo na superação!

Todos os jogadores foram abraçar o treinador e mostraram para a torcida que o Jayme merece respeito.

O recado estava dado. Dedicaram a vitória ao treinador.

Para coroar o triunfo, Felipe fez uma defesa milagrosa, numa bomba desferida pelo ataque baiano, no último lance do jogo.

Uma partida com muitos heróis.

Estava escrito, não nas estrelas, mas nas nuvens da noite chuvosa do Rio de Janeiro, que os três pontos tinham que ir para a Gávea.

Coisas de Flamengo...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

CONTANDO HISTÓRIA...

De vez em quando, tenho contado alguns fatos curiosos, engraçados ou importantes da história do Flamengo.

Todos tirados do livro "100 anos de bola, raça e paixão", que escrevi com os companheiros Celso Júnior e Arturo Vaz.

Esta é sobre como os ex-atletas do Fluminense convenceram o Flamengo a criar um departamento de futebol e como o clube começou a ficar tão popular.


Saída honrosa. Ainda faltava uma partida para o campeonato de 1911 acabar e o compromisso do Fluminense seria contra o América. Paranhos, o zagueiro que serviu de pivô para a crise, ao ser escalado no lugar de Borgerth, pediu aos dissidentes que participassem do confronto. Com o idealismo dos atletas amadores, todos concordaram em honrar a camisa tricolor pela última vez e cumprir com mais esta missão. Menos Borgert, que estava afastado pela diretoria.
O América, que terminou o certame como vice-campeão, tinha em seus quadros atletas com a grandeza de Marcos Carneiro de Mendonça, que viria a se transferir para o Flu e acabaria sendo o primeiro goleiro da Seleção Brasileira, e o ótimo Belfort Duarte, até hoje venerado como símbolo de nobreza e lealdade em campo. Era um adversário complicado. A partida foi no dia 1º. de outubro, todos se dedicaram ao máximo e o Fluminense venceu por 2 a 0, com gols de Gallo e Paranhos.
O time das Laranjeiras foi campeão invicto, vencendo todas as seis partidas que disputou,  já que o Carioca foi disputado por apenas quatro equipes, em dois turnos e pontos corridos. Foram 21 gols a favor e apenas um contra. 
No dia 3 de outubro, Borgerth e seus companheiros entregaram ao Fluminense um ofício pedindo o desligamento do clube. Na reunião de diretoria, não houve consenso. O presidente Atahualpa Guimarães chegou a ficar indeciso na hora de dar o voto de minerva, até que Affonso Castro convenceu o mandatário tricolor de que “a saída destes atletas vai estabelecer, de modo definitivo, o princípio de autoridade em nossa agremiação”.
Era o que faltava para que os nove rapazes seguissem seu novo caminho. Dos titulares, ficaram no Flu apenas James Calvert e Oswaldo Gomes, que viria a se consagrar, em 1914, como o autor do primeiro gol da história da Seleção Brasileira.
           
O carismático. A luta de Alberto Borgerth, aos 19 anos de idade, e seus camaradas ainda não havia terminado. Teriam que vencer pelo menos mais um round: convencer o Flamengo a ter um time de futebol. Persuadir os “fortões do remo” não era tarefa fácil, sem falar que alguns conselheiros acreditavam que tudo não se passava de uma aventuda e que os rapazes fariam as pazes com o Fluminense e criariam um problema para o Flamengo. Seria preciso muita lábia. O futebol ainda era alvo de muita desconfiança, visto como um esporte nada masculino.
            Dia 8 de novembro de 1911. Assembleia no Flamengo. Autorizado pelo presidente Virgílio Leite de Oliveira e Silva, Borgerth tomou a palavra e sugeriu aos associados a criação de uma seção de futebol no clube. Com seu carisma, o jovem estudante de medicina desfilava suas razões: era o time campeão da cidade e era quase certo que a Liga Metropolitana de Sports Atléticos (LMSA) colocaria o Fla na primeira divisão, mesmo com o regulamento prevendo a segundona para as equipes estreantes.
            Apesar de sua eloquência e dos argumentos embasados os membros da assembleia não se convenceram de cara. Incomodava a eles o papo-furado de “futebol ser um esporte de pulinhos e de bailarinos, além de ter muito contato físico entre homens”.
            O presidente Virgílio Leite se convenceu, mas não poderia impor uma decisão. A assembleia era soberana, mas, apesar de uma primeira resposta negativa, viu-se que muitos passaram a considerar a possibilidade do Flamengo ter futebol. Ao deixar a reunião, o presidente se dirigiu a Borgerth: “Você está fazendo medicina, mas eu acho que darias um ótimo advogado”.
            Com toda a certeza, o assunto continuou se arrastando em conversas dentro do clube. De vez em quando, num canto ou outro, havia um burburinho. A ideia ia se solidificando aos poucos, até que numa reunião extraordinária, na noite de 24 de dezembro, finalmente foi aprovada a criação do de um Departamento de Esportes Terrestres e a direção foi entregue ao competente Borgerth.
            Mas... Sempre existe o “mas”... O pessoal do futebol tinha que atender a algumas condições impostas pelos remadores. Em primeiro lugar, deveriam se virar com recursos financeiros gerados pelo novo departamento. Se a experiência não desse certo, acabava-se com o futebol. E, finalmente, os jogadores não poderiam usar a mesma camisa e nem o escudo usado pelo remo. Foi quando criaram a camisa de quadrados pretos e vermelhos, logo apelidada de papagaio-de-vintém, porque se parecia com as pipas baratas que os moleques costumavam brincar nas ruas.
           
Junto e misturado com o povo. Conforme Borgerth havia profetizado, o time foi aceito na primeira divisão do Campeonato Carioca, inclusive com o voto a favor do Fluminense, que também se dispôs a ceder o estádio das Laranjeiras para que o Flamengo mandasse seus jogos, já que o regulamento também exigia que o clube tivesse um estádio. Tal atitude o deixou emocionado, ao receber a notícia do amigo Oswaldo Palhares: “Agora sinto ainda mais orgulho de um dia ter defendido as cores do Fluminense”.
            Mas, onde o time iria treinar, se o clube só tinha a sua garagem de barcos na Praia do Flamengo? O que parecia um problema, uma desvantagem, com o tempo mostraria o quanto esta falta de campo seria benéfica e um fator fundamental para o sucesso e a popularidade do Flamengo.
            Próximo à sede do clube, na Praia do Russel, o prefeito Bento Ribeiro mandou fazer um campo de futebol gramado e com balizas, para que a garotada da região pudesse se divertir. Bem, a meninada se divertida, sim, mas só até o final da tarde, quando apareciam, com chuteiras e roupas de treino, os jogadores do Flamengo, o mais novo time da primeira divisão carioca. Era hora dos petizes verem seus ídolos de perto.
            O escritor e economista Marcel Pereira, em seu livro “A Nação”, conseguiu explicar muito bem como funcionou esta aproximação:
            “A garotada acompanhava o time, apontando o Píndaro, o Baena, o Gallo, o Borgerth, o Gustavinho. Para Alberto Borgerth, ali estava a explicação de tudo. Assim, a falta de um campo fez o Flamengo misturar-se ao povo, aproximar-se dele. Os garotos, em busca de ídolos, iam ao encontro deles no campo do Russel. Podiam tocá-los, podiam devolver as bolas que iam fora. E haviam de contar em casa, na escola, que tinham conhecido o Nery, que tinham batido nas costas do Amarante, que tinham apertado a mão do Baiano.
            Para começar a entender como o Flamengo ganhou tamanha popularidade, deve-se ir fundo na análise do espírito que permeava o clube. O caso rubro-negro é uma daquelas excelentes metáforas da eterna batalha entre o velho e o novo, entre o status quo e o revolucionário. Um capítulo da história onde se encontram a voluntariedade da juventude e a inflexibilidade do velho, geralmente carregado em vícios. A inquietação do jovem choca-se com o medo que o tradicional tem das ideias novas e de suas possíveis consequências para a sua hegemonia. No Rio de Janeiro, o Fluminense nasceu como símbolo da aristocracia da República recém-proclamada; o Vasco representava o colonizador português: opressor, explorador, ditatorial. O Botafogo não se originou nem da aristocracia e muito menos da elite colonizadora, jamais ganhou grande popularidade. O espírito Flamengo era diferente, tinha uma alma vibrante, petulante e juvenil, que logo cativaria seguidas gerações”.

            Nessa época, o futebol já começava a competir com o Remo pelo interesse da população e da imprensa. Até porque, para se praticar o remo, era preciso ser sócio de um clube e isso não era possível para grande parte da população. Já bater uma pelada, qualquer um podia, desde que se improvisasse dois times, colocasse pedras no lugar do gol e algo que servisse de bola, geralmente feita de meias.

domingo, 13 de outubro de 2013

O FLAMENGO MERECIA MAIS

A derrota do Flamengo para o Botafogo, por 2 x 1, não refletiu exatamente o que foi o jogo.

As duas equipes fizeram uma ótima partida e o resultado mais justo teria sido um empate.

Faltou sorte ao Flamengo?

Não só isso.

O Jayme de Almeida escalou a equipe com o Carlos Eduardo de titular. Como sempre, o Caduzzzzz foi um peso morto em campo.

Pra piorar a situação o André Santos não se apresentou bem, parecia se esconder da bola.

O Jayme demorou muito para tirar essas duas peças que sobrecarregaram o time rubro-negro.

Agora temos a obrigação de ganhar do Bahia, na próxima quarta-feira, no Maracanã.

sábado, 12 de outubro de 2013

VAMOS PASSAR MAL

Dizem que o Carlos Eduardo passou mal e, por isso, o Jayme de Almeida não o colocou em campo, diante do Internacional.

Agora o inútil jogador está recuperado.

Soube que o Jayme pretende escalar o Carlos Eduardo para enfrentar o Botafogo, neste domingo.

Agora quem vai passar mal é a torcida!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PRA MATAR CARDÍACO

Este jogo do Flamengo, na vitória de 2 x 1, sobre o Internacional, foi pra matar cardíaco.

O time ganhava dos gaúchos com facilidade, com gols de Leonardo Moura e Hernane. 

De repente se encolheu e permitiu uma pressão do adversário que, não fossem duas belas intervenções do goleiro Felipe, a coisa teria mudado de figura.

Aliás, Felipe já havia feito uma defesa fenomenal, num forte chute à queima roupa, no primeiro tempo.

Não deu para entender esse recuo do Fla, aceitando a reação do Inter.

Nada tem sido fácil para nós.

De qualquer maneira, a vitória nos levou ao sétimo lugar, com 37 pontos ganhos, porém, esse Brasileirão está tão embolado que continuamos a apenas cinco pontos do rebaixamento.

Ao mesmo tempo, estamos a oito pontos do G-4. Dá pra brigar tranquilo por uma vaga na Libertadores.

Coisa doida, né?

Na partida desta noite, Leonardo Moura, Paulinho, Luiz Antonio, Amaral, Hernane e Elias, ou seja, mais da metade do time, jogaram muito.

Léo Moura comemora seu gol diante do Inter
Melhores em campo? Com certeza Leonardo Moura e Paulinho.

Chicão esteve meio inseguro e o garoto Frauches não comprometeu, até sair com câimbras  já que não entrava em campo há seis meses.

João Paulo e André Santos jogaram simples e não comprometeram.

Jayme de Almeida parece mesmo ter encontrado a fórmula de fazer esse fraco elenco flamenguista render dentro de campo. 

Em cinco partidas sob seu comando, o Flamengo conseguiu três vitórias e dois empates no Brasileiro. Sem falar do empate diante do Botafogo, pela Copa do Brasil.

Pra finalizar, parabenizar os quase 25.000 rubro-negros, que deram um show de alegria no Maracanã.

Domingo, os chorões alvinegros que nos aguardem!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

450 JOGOS!

Ontem acabei esquecendo de fazer uma justa homenagem ao Leonardo Moura.

Diante do Vasco ele completou 450 jogos com o Manto Sagrado rubro-negro!

450 jogos é muita coisa!

Mais 18 partidas e ele supera Zinho, ficando entre os dez jogadores que mais atuaram pelo Flamengo.

Confesso que me precipitei, no dia 9 de agosto, quando pedi para aposentarem o velho lateral direito e que o presenteassem com uma estátua na Gávea, por tudo que ele fez pelo clube e pela Nação.

Retiro parte do que escrevi e mantenho outra parte, incluindo a estátua, que é mais que merecida.

Espero que o Flamengo renove com Leonardo Moura por pelo menos mais um ano.

domingo, 6 de outubro de 2013

JOGUINHO RUIM

O empate entre Flamengo e Vasco, em Brasília, acabou justificando o péssimo futebol que as duas equipes apresentaram, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Muita falta de qualidade!

Quantos erros de passe e chutões para frente!

Os gols saíram mais por falhas bisonhas dos defensores do que por méritos dos atacantes.

O gol de Hernane foi consequência de uma furada assombrosa do zagueiro (?) Cris. 

O gol do Vasco saiu de um verdadeiro passe açucarado do João Paulo, um fraco lateral esquerdo. Coisa de peladeiro de final de semana.

Paulinho perdeu dois gols, pra variar.
Hernane agora tem 10 gols no campeonato

Seria bom ver o Rafinha no lugar dele.

Wallace jogou muito bem, mas levou o terceiro cartão amarelo e vai desfalcar a zaga.

O Jayme insiste na burrice do Mano Menezes, que é a escalação do Carlos Eduardo.

Com esse pseudo-jogador em campo, o Elias, única cabeça pensante neste time, não vai pra frente criar jogadas para o ataque. É obrigado a ficar ajudando na defesa.

Nada de Carlos Eduardo!

O titular tem que ser Luiz Antonio, Jayme!

Este era um daqueles jogos chamados de "seis pontos" e o Flamengo, diante de um adversário fraco, velho freguês, perdeu a chance de se afastar bastante da zona da degola.

Depois disso, continua a saga rubro-negra de fugir do rebaixamento.

Este ano a nossa participação no Brasileirão parece que não vai passar disso mesmo.

O próximo adversário, na quinta-feira, é o Internacional, que tem um ótimo elenco.

Por sorte a partida será no Maracanã, com a torcida em cima!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ATÉ QUE ENFIM!

Finalmente o Flamengo conseguiu sua segunda vitória seguida neste Brasileirão!

Tivemos que esperar longas 25 rodadas por isso!

Um absurdo!

Há 15 anos que o Fla não ganhava do Coxa em Curitiba.

Bem, o mais importante é que acabou acontecendo e em grande estilo, com um triunfo sobre o Coritiba, por 2 x 0, gols de André Santos, que jogou muito bem, e do Wallace.

Wallace marca e corre para comemorar
Por falar em Wallace, eu sempre fiz duras críticas a ele, que vinha se mostrando um zagueiro limitadíssimo e que entregou diversos gols aos adversários.

Nos últimos quatro ou cinco jogos, o Wallace se firmou, vem se destacando na defesa e ainda marcou dois gols, contra o Criciúma e agora diante do Coritiba.

Jayme de Almeida parece ter feito a cabeça dos atletas rubro-negros, que têm jogado com seriedade.

Nas últimas partidas, tenho ficado impressionado com a dedicação de todo o time na hora de marcar.

Se essa pegada continuar, teremos muitas alegrias.

Aliás, domingo é dia de sorrir! 

Vamos enfrentar o velho freguês de São Januário.

Vitória praticamente certa!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

DEFINIÇÃO DE PAULINHO

Volta e meia venho criticando aqui as atuações do Paulinho, que corre muito, mas não sabe chutar em gol.

Acho até que ele tem lugar no elenco, mas como titular é forçar demais a barra.

A melhor definição de Paulinho que vi foi dada pelo parceiro e grande rubro-negro Walter Monteiro. Veja:

  • O cara mais raçudo do elenco, para citar um clichê do João Saldanha, vai em cada bola como se fosse o último prato de comida, além de acreditar em todas;
  • Extremamente veloz, sem ser franzino como Rafinha, que é rápido mas não aguenta um tranco;
  • Ótimo para puxar contra-ataque, porque, ao contrário de Hernane, sabe correr com a bola - e corre para caramba;
  • Quando o time perde a bola, volta rápido para fechar a marcação;
  • Incansável, preparo físico impressionante, chega aos 90 minutos com a impressão de que jogou só 15 minutos.
Dito isso, reafirmo: É UM MERDA!

Exatamente por conta dessas características citadas, caiu nas graças de parcela da torcida, que não enxerga o óbvio: Paulinho é um cara medíocre, roubando o lugar de alguém que poderia ser mais útil do que ele, como Rafinha, Moreno, Gabriel, qualquer um que, com todas as deficiências que possa ter, seria bem mais produtivo do que ele. 

Ele é uma ilusão completa. É o equivalente daquele cara do escritório que é gente boa para caramba, amigo de todo mundo, arruma todos os churrascos e peladas, chega cedo, sai tarde, nunca falta, está sempre disponível para qualquer tarefa, mas não consegue escrever 4 parágrafos, desconhece inteiramente o Direito Processual e não sabe preencher uma planilha de Excel. Ninguém manda embora porque se recusam a analisar o cara pelo trabalho dele, preferindo avaliá-lo pelo que aparenta ser.

Admito uma utilidade para ele: lateral! Fecha a defesa com 3 zagueiros ou dois volantes plantados e deixa ele de ala. No mínimo, ele vai matar o marcador dele de cansaço e abrir a defesa adversária, aumentando as opções ofensivas. Só não deixa ele cruzar, porque ele não vai acertar mesmo. 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

PALPITE INFELIZ

"Carlos Eduardo é o melhor jogador que nós temos".

Essa frase emblemática é do diretor remunerado de futebol do Flamengo, Paulo Pelaipe.

Como diria o poeta da Vila, "que palpite infeliz"...

Vamos analisar esta frase, para ver o que tem de verdade nela.

Esse Pelaipe não sabe nada
Para mim, de cara, ela mostra que, como eu e outros estamos falando há tempos, esse Pelaipe não entende nada de futebol.

Basta ver as contratações que ele fez.

A declaração pode ter sido para proteger um conterrâneo. Assim como o magnânimo diretor, o Carlos Eduardo, que considero um lixo de jogador, é gaúcho e gremista.

A última hipótese é que o Pelaipe esteja debochando da cara dos torcedores rubro-negros.

Algo que não duvido muito.

Para o Flamengo, seria ótimo se livrar, o mais rápido possível, desta dupla inútil.

Pelaipe e Carlos Eduardo só servem para criar despesas para o clube, já que ganham altos salários, e para atrapalhar mais ainda o ambiente.

Certo está o Jayme de Almeida, que, mesmo depois da goleada que o Fla deu no Criciúma, convocou todo mundo a ter os pés no chão, afirmando que o time "não era a oitava maravilha".

Palmas para o Jayme!

Quanto ao Pelaipe, este não sabe o que diz...